Falar de um assunto, como o que eu vou trazer aqui, não é nada simples - a separação definitiva, pelo menos neste plano, segundo algumas crenças - de entes queridos, que deixaram uma lacuna enorme em nossas vidas. Esse tipo de perda nos deixa um vazio muito grande, pois, a nossa formação como ser humano vem do histórico daqueles de quem descendemos, do dia a dia, da relação de cumplicidade, da construção de valores, na formação da personalidade e do caráter que adquirimos ao longo da nossa pequena e passageira estada por aqui.
Estou falando sobre este tema, por, recentemente ter perdido um Tio. Meu Tio Ailton, casado com a irmã da minha mãe na verdade (Tia Rosita), mas, com quem tive uma relação intensa e marcante na minha vida, que deixou lembranças e momentos inesquecíveis durante essa passagem e que muitos não compreendem o fundamento dela, (A vida). Muitos tentam entender, dar suas interpretações, estudar sobre, concluir sem comprovar e entender este mistério, que por ser um mistério, neste plano, não será decifrado.
Desta relação, ganhamos e passamos a construir uma ascendência exemplar, ganhei primos como: Antonio Carolino, Aracy, Tânia e Ana Cristina e daí vieram os sobrinhos e uma enorme e bonita família, que como todas as outras, têm problemas, mas principalmente, muitas alegrias e união. Não pude ir à cerimônia de sua passagem, no Crematório, então, fiz planos de ir para o Sítio do Conde (lugar que ele amava), onde suas cinzas seriam jogadas e que, infelizmente, também acabei não indo, e aí, me lembro que na semana em que ele faleceu, estava eu, na mesma semana, trabalhando em Salvador e não fui visitá-lo, embora tenha feito planos, o que poderia ser a ultima vez que o veria, mas, que a correria dessa vida - que nos consome - não me permitiu e agora, sinto um remorso imenso. Aquele que me deu tantas alegrias, desde a minha infância à adolescência e eu permiti que a correria me tomasse uma pequena parcela do meu tempo que seria dedicado a ele naquele momento de despedida, de adeus, de desencarne ou como queiram chamar a separação carnal entre nós seres humanos.
Desta relação, ganhamos e passamos a construir uma ascendência exemplar, ganhei primos como: Antonio Carolino, Aracy, Tânia e Ana Cristina e daí vieram os sobrinhos e uma enorme e bonita família, que como todas as outras, têm problemas, mas principalmente, muitas alegrias e união. Não pude ir à cerimônia de sua passagem, no Crematório, então, fiz planos de ir para o Sítio do Conde (lugar que ele amava), onde suas cinzas seriam jogadas e que, infelizmente, também acabei não indo, e aí, me lembro que na semana em que ele faleceu, estava eu, na mesma semana, trabalhando em Salvador e não fui visitá-lo, embora tenha feito planos, o que poderia ser a ultima vez que o veria, mas, que a correria dessa vida - que nos consome - não me permitiu e agora, sinto um remorso imenso. Aquele que me deu tantas alegrias, desde a minha infância à adolescência e eu permiti que a correria me tomasse uma pequena parcela do meu tempo que seria dedicado a ele naquele momento de despedida, de adeus, de desencarne ou como queiram chamar a separação carnal entre nós seres humanos.
Mas essa é a vida, nascemos, crescemos e envelhecemos para finalmente chegar a este sublime momento de despedida e separação dolorosa. São tantos anos de lutas, dificuldades, conquistas, construções e momentos que faz essa hora se tornar ainda mais difícil, de uma dor quase que insuportável e que em algumas vezes, nos faz questionar até mesmo a existência do Criador, mesmo que aquela separação carnal pareça uma solução para algum tipo de sofrimento maior, ainda assim, bate um sentimento de abandono, impotência e revolta. Mas, sabemos que passa, que o coração acalma e como balsamo Ele nos conforta e abranda.
Por mais que saibamos que esse é o nosso mais certo destino, nunca aceitamos com naturalidade, pois nos apegamos às lembranças e sentimos que parte de nós se foi e que nunca mais a veremos ou teremos de volta, essa é a sensação. A nossa característica de apego ao que é material nos impede de compreender os desígnios de Deus, para aqueles que Nele acreditam, ou a magnitude da existência e da complexidade da vida para aqueles que são agnósticos. Mas a morte é a coisa mais certa que temos na vida, e é melhor enxergá-la com naturalidade e compreensão, do que viver pensando a que horas ela ira bater em nossa porta.
Quero com esse humilde texto (poderia escrever um livro de tantas as histórias que vivi com ele), fazer uma homenagem a um homem que merece todo o meu respeito, consideração e que não passou em branco na minha vida. Aqui comigo, ficou algo dele, principalmente a alegria de encarar a vida e com alegria vivê-la. Claro que espero, também, que sirva de reflexão para todas as pessoas que se encontram ou passaram por este momento. Acreditem! Existe algo maior que tudo isso, não caímos simplesmente de pára-quedas por aqui, surgimos do milagre da vida, de algo extremamente complexo e/ou divino, ao ser concebido, gestado e vir ao mundo.
Espero apenas, que ele esteja num lugar de paz, luz e claro! Como não poderia deixar de ser, que tenha muita alegria, não sei se poderá fazer as suas piadas no lugar onde habita agora, mas, que de alguma forma ele tentará, tentará (risos). Enfim, o mais importante, que ele esteja num bom lugar.
A dor vai, de certa forma, se diluindo...mas as recordações serão sempre presentes, cada dia em menor intensidade, mas estará lá, na nossa memória até que encontremos com o momento fatídico para muitos, mas na verdade, se é que existe alguma verdade evidente e concreta sobre essa questão, a hora de transcender, termo que julgo melhor traduzir o encontro com a morte e a crença de um reencontro com aqueles que amamos e que partiram.
Para finalizar, você deve estar se perguntando, o que tem a ver a morte com um Blog direcionado a política? Pois é, talvez nada - depende da ótica de cada um - porém, foi do convívio familiar e do bom exemplo, que trago pra dentro da vida pública, os princípios, o respeito e a honestidade arraigada, inexorável, no meu caráter.
Vlw Tio Ailton!
Obrigado.
0 comentários:
Postar um comentário